Sisipsemg
A presidente do SISIPSEMG, Maria Abadia de Souza, compareceu na manhã dessa segunda-feira, 24/7, à reunião de planejamento de atividades em defesa da Cemig, realizada na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG). Participaram do encontro, deputados, dirigentes de diversas entidades e representantes de variados segmentos da sociedade, que discutiram e propuseram ações para se evitar o leilão e os possíveis prejuízos com a venda das hidrelétricas da CEMIG, patrimônio dos mineiros.
Durante o encontro foi lançada a Frente Mineira de Defesa da Cemig, que criará estratégias para desencadear uma mobilização no Estado contra o leilão. Dentre as iniciativas estão a elaboração de um abaixo-assinado de autoridades, entidades e demais integrantes do movimento pedindo a suspensão do leilão das usinas, o documento será encaminhado ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, a frente irá a Brasília em 3 de agosto, dia em que deverá ocorrer uma reunião na Câmara Federal pela reativação da Frente Parlamentar Federal em Defesa do Setor Elétrico, e o grupo participará ainda, de ato público a ser realizado em 18 de agosto, na Usina São Simão.
Uma venda que não se justifica
O leilão de três usinas operadas pela CEMIG é uma proposta do governo de Michel Temer, que segue servindo às elites brasileiras e ao capital. A previsão de “privatização” das usinas já consta em portaria deste ano do Ministério de Minas e Energia, com data até 30 de setembro para a venda das hidrelétricas de São Simão, Jaguara e Miranda, localizadas no Triângulo Mineiro. As usinas são responsáveis por metade da produção de energia da Companhia, e caso a venda se concretize, a produção de energia nessas unidades será gerida pela iniciativa privada, trazendo ainda mais impactos ao bolso dos mineiros, encarecendo a conta de luz para a população e para as empresas.
O governo Temer quer vender as usinas para obter cerca de R$ 10 bilhões, para cobrir o déficit das contas públicas, porém, apenas no ano passado, o rombo das contas públicas foi de R$ 562 bilhões, ou seja, uma transação que causará a privatização de 50% de uma das principais empresas mineiras, não fará nenhuma diferença para cobrir os gastos do governo federal. Além disso, a venda das usinas afeta a geração de centenas de milhares de empregos diretos e indiretos, garantidos hoje pela estatal.
O assunto já vem sendo discutido na ALMG, que realizou audiência pública sobre as possíveis perdas da Cemig e do Estado com o leilão. Outra iniciativa, foi a aprovação de visita técnica de deputados mineiros ao Ministério da Fazenda, para apresentar manifestação contrária ao leilão.
Chega de retirar o que é nosso! Não podemos continuar pagando pela ineficiência do governo federal em retomar o crescimento econômico do País. Seguiremos fortes, defendendo os cidadãos mineiros contra mais esse ataque.
