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O acordo entre os blocos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) é que o projeto de reforma administrativa, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), seja votado ainda nesta semana, e com muitas mudanças, principalmente com pontos que pretendem trazer mais economia para o governo. A articulação foi fechada na manhã desta terça-feira (24).
Durante sessão plenária nesta terça-feira, o deputado João Magalhães (MDB) foi designado como relator do texto em plenário, conforme adiantou O TEMPO. Ele é membro de um dos blocos independentes e é diretamente com ele que os parlamentares negociam, desde a manhã desta terça, a inclusão de emendas. Uma bateria de reuniões está sendo realizada.
Após ser designado como relator da reforma, João Magalhães disse em entrevista que já foi acordado dois pontos com o governo: o projeto que extingue a Escola de Saúde vai ser retirado de pauta e o IPSEMG vai continuar vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). O primeiro texto previa que a vinculação fosse com a Secretaria de Fazenda. Ainda segundo ele, já foram apresentadas cerca de 200 emendas ao texto.
Os políticos se articulam para que, nesta quarta, o projeto comece a ser discutido no plenário e seja votado já na quinta-feira. Nos bastidores, é dito que a reforma vai ser aprovada com muitas alterações, inclusive com pontos que obrigam o governador a ser mais austero e a cumprir com promessas de campanha, como a liberação para que ele e os secretários não recebam salário. Também vai ser proposta uma redução mais drástica do número de cargos comissionados.
O entendimento dos parlamentares é que a aprovação da proposição, nos moldes que deseja a Assembleia, será uma espécie de ultimato para que Zema melhore o relacionamento com a Casa. Ele deve encontrar mais resistência com os deputados do próprio bloco governista, que sempre apresentam uma lista de reclamações sobre o Executivo.
Fonte: Jornal O Tempo
