O funcionalismo público de Minas ameaça ir à Justiça para garantir o pagamento do 13º salário de 2019. Ao menos dois sindicatos já informaram que vão impetrar mandados de segurança caso o governador Romeu Zema (Novo) não atenda às reivindicações. Os servidores alegam que o Palácio Tiradentes está priorizando os servidores da segurança pública, após o governo reforçar, nesta segunda-feira (16), que a primeira parcela do 13º para os agentes de segurança será paga no próximo sábado (21), mesmo se o Estado não conseguir realizar a operação de venda dos recebíveis do nióbio.
Uma manifestação será realizada, nesta quarta-feira (18), na Cidade Administrativa, às 14h. Os detalhes estão sendo discutidos em uma reunião que acontece na tarde desta terça-feira (17), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG).
Uma das entidades que ameaça ir à Justiça é o Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg). “A gente está evitando a questão jurídica, mas se não tiver diálogo, nem outra forma, o nosso jurídico já está acionado. Já estamos prontos, esperando apenas o posicionamento do governo”, informou Antonieta Dorledo, diretora do sindicato.
Segundo ela, a medida não vai ter impacto sobre o pagamento para a segurança pública, que já está garantido. “Não somos contra que eles recebam. O mandado é para que a Justiça obrigue o governo a nos pagar, que reconheça nosso direito de receber o 13º como todo trabalhador, até o dia 20”, reforçou.
Além do Sisipsemg, o Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente (Sindsema) já sinalizou que pretende acionar a Justiça. Procurado, o governo de Minas informou que não iria comentar a questão.
Entenda
Nesta segunda-feira, o secretário de Governo, Bilac Pinto (DEM), afirmou que os servidores da segurança pública do Estado vão receber a primeira parcela do 13º salário de 2019 no próximo sábado (21), independentemente de o governo conseguir ou não realizar a operação financeira para pagar o salário-extra para todo o funcionalismo público.
O acordo com os servidores da segurança foi feito em novembro. Pelos termos firmados, caso a operação financeira não fosse realizada a tempo, o governo de Minas vai quitar a bonificação natalina em três parcelas: 21 de dezembro, 21 de janeiro e 21 de fevereiro.
Fonte: Jornal O Tempo