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Repercussão na mídia: Oposição a Zema derruba criação da MGPrev e mantém atuação do Ipsemg

A reforma da Previdência de Minas chega à votação final em plenário nesta sexta-feira (4), quando será analisada em segundo turno, com algumas diferenças em relação ao que foi enviado pelo governador Romeu Zema (Novo) e com duas vitórias do bloco de oposição na reta final da tramitação da matéria. Além de ter conseguido derrubar a criação de uma alíquota extraordinária, os oposicionistas também tiraram do texto original a criação do MGPrev, autarquia que seria responsável pela gestão previdenciária e que surgiria a partir da cisão do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg).

A derrubada aconteceu durante a tramitação em segundo turno do Projeto de Lei Complementar 46/2020, que traz as novas alíquotas de contribuição, a criação de dois fundos previdenciários e tinha em seu escopo a nova autarquia. A sugestão foi incorporada ao parecer do deputado João Magalhães (MDB), relator do PLC 46. Ao retirá-la do texto, a ALMG faz um aceno aos servidores do Ipsemg, que desde o início fizeram duras críticas à cisão do instituto. O parecer foi votado na tarde desta quinta-feira (3), sendo aprovado por cinco votos.

Mudança no cálculo da aposentadoria

Também graças a uma emenda apresentada pela oposição, houve uma mudança cálculo para definir o valor da aposentadoria. Pela proposta, será realizada uma média de 80% das maiores remunerações do servidor desde julho 1994, corrigidas pela inflação. O valor do benefício será de 60% dessa média, com acréscimo de 2% por cada ano de contribuição que superar 20 anos de contribuição.

Com isso, os deputados mantiveram o atual formato de cálculo, mas modificaram a proposta inicial enviada por Romeu Zema (Novo). Isso porque a média original levaria em consideração 100% de todas as remunerações (inclusive as menores), o que puxaria para baixo o valor do benefício, na leitura dos oposicionistas.

Embora tenha votado de forma contrária ao parecer em virtude de um posicionamento político firmado entre os oposicionistas, Beatriz Cerqueira (PT) afirmou que o governo de Minas não apresentou a necessidade de criação da MGPrev. “O Ipsemg tem quase um milhão de beneficiários e essas pessoas sequer sabiam das alterações. Apresentamos a emenda de modo que estamos preservando o Ipsemg com o que ele é: com previdência, assistência e saúde”, afirmou a petista.

Sobre a mudança na forma de cálculo, a petista explicou que, caso sejam aprovadas em plenário, as regras seguem válidas tanto para os atuais servidores quanto para os que ainda ingressarão no serviço público. “A regra do Zema traria diminuição de remuneração de aproximadamente 60% na hora da aposentadoria”, estimou.

Fonte: Jornal O Tempo (com modificações)

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