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Novembro Azul alerta para saúde do homem e prevenção do câncer de próstata

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No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma e, considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum.

Além disso, o câncer de próstata é o segundo de maior mortalidade entre os homens (o câncer de pulmão é o primeiro) e foi responsável por 15.576 mortes em 2018, conforme dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 65.840 novos casos em 2020 no Brasil. O número é alto, mas cerca de 90% dos casos têm cura quando o diagnóstico é feito precocemente.

A campanha do Novembro Azul, promovida pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), tem como objetivo divulgar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e da saúde do homem.

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino responsável por produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides.

Quando fazer o exame de próstata?

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o início da avaliação do risco de câncer da próstata aos 50 anos.

Homens de raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.

Os exames deverão ser feitos após uma análise dos fatores de risco pelo urologista e discussão de riscos e benefícios, em decisão compartilhada com o paciente.

Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de dez anos.

Quais os sintomas do câncer de próstata?

O câncer de próstata tem evolução silenciosa. A maioria dos pacientes não apresenta nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).

Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sangramento urinário e, em casos extremos, insuficiência renal.

Como fazer o diagnóstico da doença?

A detecção precoce do câncer de próstata, através do toque retal e a dosagem sanguínea do PSA (antígeno prostático específico), é a forma mais eficiente para identificar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento. O toque retal permite ao médico avaliar presença de nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos na superfície prostática.

O diagnóstico do câncer de próstata é feito exclusivamente através da biópsia da próstata, guiada por ultrassonografia, indicada de acordo com achados nos exames de toque retal e mensuração do PSA.

Outros exames de imagem também podem complementar a avaliação, como ressonância magnética e cintilografia óssea (para avaliação de acometimento ósseo).

Mais recentemente, a ressonância multiparamétrica da próstata surgiu como um método auxiliar no diagnóstico em casos selecionados, conforme indicação do médico urologista.

Quais os tratamentos para o câncer de próstata?

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discussão dos riscos e benefícios entre médico e paciente.

Para doença localizada (confinada à próstata), podem ser oferecidos cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em casos selecionados).

Para doença metastática (quando o tumor já disseminou para outros órgãos), a terapia hormonal é o tratamento mais indicado.

Muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer, porém, a medicina tem evoluído para proporcionar aos pacientes tratamentos menos invasivos e mais eficazes.

Apesar de todos os avanços descritos, vale ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, enfatizados pela Campanha do Novembro Azul, como ferramentas simples e determinantes na saúde e qualidade de vida do homem.

Fonte: G1 (com modificações)

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