Sisipsemg
É inquestionável os inúmeros impactos negativos da pandemia na vida de toda a sociedade. Mas, sem dúvida, esses efeitos foram ainda mais graves e danosos no caso das mulheres. Se anteriormente, elas já se esforçavam diariamente para dar conta do trabalho fora e das múltiplas tarefas de casa, com a pandemia essa jornada – que já não era fácil, se tornou ainda mais exaustiva.
De acordo com um levantamento realizado pelo IBGE em 2019, as mulheres dedicam quase o dobro do tempo na realização de atividades domésticas e cuidados com filhos do que os homens. Fato que só foi ainda mais evidenciado durante a pandemia, já que a maioria das mulheres precisaram se desdobrar para conciliar todas as atividades neste período.
Com isso, sintomas como ansiedade e depressão se tornaram ainda mais comuns entre o público feminino, gerando um aumento na carga mental e também no desgaste físico.
Além disso, a pandemia também trouxe diversos outros problemas, incluindo um risco maior para a saúde das mulheres. Com todas as adversidades e o acúmulo de tarefas, muitas delas também deixaram de realizar consultas e exames preventivos, essenciais para a prevenção do câncer de colo de útero e mama, entre outros.
A COVID-19 também impactou fortemente o mercado de trabalho, com um aumento expressivo no desemprego. E, novamente, esses impactos foram mais acentuados entre mulheres. Mesmo com a participação expressiva na linha de frente do combate à pandemia, as mulheres ainda são as que ganham menos e também enfrentam os maiores problemas em relação às condições e oportunidades no mercado de trabalho. Mostrando claramente a necessidade de discussões mais amplas sobre a igualdade de gênero.
Portanto, neste 8 de março, mais do que nunca, precisamos intensificar a nossa luta por políticas públicas que visem assegurar os direitos das mulheres.
