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8 de março: Precisamos ampliar os debates e buscar soluções para o combate à violência de gênero

Nesta quarta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher precisamos fazer uma reflexão profunda sobre o crescimento alarmante nos números dos casos de crimes violentos contra as mulheres. Além de todas as discriminações e desigualdades enfrentadas, a violência de gênero também se tornou algo rotineiro nas notícias diárias, expondo uma realidade cruel da nossa sociedade atual.

Todos os dias, inúmeras mulheres, jovens e meninas são submetidas a algum tipo de violência (assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões e assassinatos por parceiros ou familiares).

O mais preocupante de tudo isso é, sem dúvida, o fato de que a maioria destes casos acabam impunes. E, é justamente essa sensação de impunidade, por partes dos agressores, que muitas vezes contribui para a ocorrência dos casos.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em Minas Gerais, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes, crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros. As informações fazem parte da campanha de combate ao feminicídio, lançada em janeiro deste ano, pelo governo do estado.

Segundo dados divulgados pela Campanha, em 2022, ao menos 163 mulheres morreram vítimas de feminicídio, no estado, além de outras 195 tentativas de homicídio.

Vale lembrar, ainda, que em 2021, o estado liderou o ranking de feminicídios em todo o país, de acordo com dados do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Naquele ano, 154 mulheres foram assassinadas em Minas pelo simples fato da sua condição feminina.

De acordo com o boletim Elas Vivem: dados que não se calam, organizado pela Rede de Observatórios da Segurança, companheiros e ex-companheiros das vítimas são os responsáveis por 75% dos casos de feminicídios e as principais motivações são brigas e términos de relacionamento.

Os altos índices desse tipo de violência são também um reflexo da falta de políticas públicas eficientes de combate a esses crimes. Diante disso, é necessário intensificar os debates sobre os casos de feminicídio, suas causas e como evitá-lo. Além disso, é fundamental educar os nossos jovens para combater o machismo em todas as esferas da sociedade e para que a igualdade de gênero e os direitos das mulheres sejam verdadeiramente respeitados.

Com informações: Agência Minas e Rede de Observatórios da Segurança

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